O enredo nasce da atual situação que se encontra a escolas de samba e para batizar o enredo Leandro usou uma marchinha de 1944, época em que os desfiles das escolas de samba também ficou ameaçado. Segundo a imprensa da época, os festejos do carnaval de 1944 estavam ameaçados em função das restrições financeiras associadas à crise econômica que o país atravessava. Essa incerteza foi o mote para que Pedro Caetano e Claudionor Cruz compusessem a marchinha batizada “Eu Brinco” minimizando os efeitos da crise e assegurando que “com dinheiro ou sem dinheiro” haveria a “brincadeira.”
- O bispo que está prefeito atualmente colocou as escolas de samba na pauta da cidade. A tentativa de demonizar as escolas de samba e os eventos culturais da cidade é um discurso que me incomoda muito e isso nos coloca em opostos. Essa discussão me chamou atenção e me levou a um pensamento muito positivo sobre o assunto, revelou.
Leandro destacou que a proposta do enredo não é apenas criticar o prefeito mas tocar nas próprias feridas das escolas de samba.
- O enredo que proponho agora é um enredo eminentemente crítico. Não apenas ao Bispo que asfixia manifestações plurais nas quais o carnaval e os desfiles assumem destaque e ganham exposição na mídia, mas também ao distanciamento das Escolas e do desfile da sociedade como um todo. É o modelo atual de Escola de Samba “jogado no ventilador”. É uma possibilidade do discurso das Escolas de Samba voltar a se alinhar com a atualidade e levantar questões culturais, mesmo que para isso ela tenha que “colocar o dedo” em suas próprias feridas”, comentou Leandro.
A entrega da sinopse para o carnaval de 2018 será na próxima terça-feira (11), a partir das 19h, no auditório da Vila Olímpica da Mangueira, que fica na Rua Santos Melo, 73.
O texto será apresentado pelo carnavalesco Leandro Vieira e a disputa de samba-enredo está aberta a todos os compositores.
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